ÓRFÃOS
Não quero ser aquela que desmonta a mãe pátria.
Cama desfeita pela manhã.
Lençóis marcados de suor.
Dela arrancados.
Dobrados, lavados
A beira dum riacho plácido
Desmonta-se a flâmula
O riso quando frouxo
Restando a lágrima fixa
Nas mascaras de Pierrô.
Oh, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Não! Não!
Não quero desmontar a pátria mãe
Tão arredia! Tão cintura Fina!
Socrática: recheada de cicuta
Colombinas!
Neste céu de brigadeiro
Formoso e belo
Nesta nova capital do Império
Desmontar é proibido
Portanto, este sapo nunca foi príncipe.
Sendo assim, o tiramos da história.
Afinal, o delírio é meu.
E a história é minha.
Salve a Democracia!