PAPEL DO DOCENTE PARA PROMOVER RESPONSIVIDADE
É verdade que a palavra veicula ideologias, mas também é por meio dela que se pode mudar a realidade que aí está. Acreditamos que é pelo diálogo que as pessoas se comunicam entre si, com o outro, se abrem para ele, revelam-se, mostram-se sujeitos de sua visão de mundo. O ato de ensinar exige saber escutar e disponibilidade para o diálogo e a corporeificação das palavras pelo exemplo.
Neste sentido, o docente pode ser bakhtiniano/freireano. Como? Interrogando, provocando, concordando ou não, respondendo, participando da interlocução da vida, (re)criando na interação social: sendo responsivo. Propomos uma reflexão / Implicação: Como nos tornamos o que somos? Como construímos nossas formas de percepção e de atuação? Que artes e práticas desenham e redesenham nossos modos de sentir?
Enquanto educadores, professores, docentes como recuperar o enredamento entre o conhecer, o agir e o sentir? Como considerar o homem como ser humano, não como objeto? Como construir uma educação capaz de produzir conhecimentos que respondam as questões relativas à vida em suas contradições? Como ser educadores e professores na perspectiva atual?
Apresentamos como proposta: a sustentabilidade, o ecológico e o social. Importante, também, (re)lembrar Morin (2005) em sua obra “Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro”:
1- As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão;
2- Os princípios do conhecimento pertinente;
3- Ensinar a condição humana;
4- Ensinar a identidade terrena;
5- Enfrentar as incertezas;
6- Ensinar a compreensão;
7- A ética do gênero humano.
MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro; tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho – 10. Ed. – São Paulo: Cortez. Brasília, DF: UNESCO, 2005.