Para mim, nada me surpreende – Por SILVA NETO
Gosto de olhar a vida por um ângulo o mais natural possível.
Perscrutando a Natureza vejo tudo em perfeito equilíbrio desde a amanhecer dos dias à passagem dos anos. As semanas, os meses, os anos repetem-se quase sempre da mesma maneira, obedecendo tão somente às estações do ano, as fases da Lua, o nascer e pôr-do-Sol.
As mudanças são inerentes à evolução natural, porque tenho ciência de que o Planeta evolui. As aparentes divergências entre os dias, os meses, os anos são consequências de natureza humana. Nosso Planeta cumpriria sua função natural se não fossem os desvelos humanos. O equilíbrio a que está sujeita a Terra em funções das leis naturais é suficiente para as marés, as correntes dos ventos, as acomodações das placas tectônicas, os vulcões, os círculos polares árticos e antárticos, o clima, a formação das chuvas se dê em perfeita harmonia. A agressão à Natureza, pelo homem, implica numa série de desequilíbrios transformando regiões do Planeta inóspitas para o homem. Embora a Natureza não dê saltos, percebemos sua transformação cada vez mais evidente através da precessão dos Equinócios, anos após anos.
Aqueles 23° perpendicularidade do Globo Terrestre que estudamos em Geografia quando éramos crianças não existem mais. Temos a impressão que a Terra está, a cada ano, voltando ao seu eixo eclipsado natural. Assim, as regiões frias ficarão cada vez mais quentes, enquanto as regiões quentes tendem a ficarem frias. Assim se explica o desgelo intenso das camadas polares.
Se olharmos as micros regiões como as faixas do Sudeste e Nordeste Brasileiro temos uma pequena amostra em função da falta de chuvas em uma e as constantes precipitações em outra. O termômetro oscila entre ambas, registrando altas temperaturas no Sudeste/Sul e temperaturas amenas no Nordeste do Brasil. As frentes-frias vidas do oceano sofrem impactos bruscos nas áreas continentais mais desenvolvidas, justamente aquelas onde o homem mais agrediu a Natureza. “Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio”. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Polo Sul e, recentemente, do Polo Norte.
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.
Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera, onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, consequentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.
Portanto, somos elos de uma corrente, o que nos faz sentir os impactos do puxa repuxa ao longo da vida. Para mim, nada me surpreende.
Joao.digicon@gmail.com