Paradigmas educacionais e a realidade brasileira
O universo do ensino e da aprendizagem requer uma profunda mudança não só na mentalidade dos próprios educadores, mas também em todos os que tratam desta questão, a exemplo de como as autoridades que são responsáveis pelas diretrizes, metas e estratégias norteadoras da própria educação atual, PNE 2014-2024 (Lei 13.005/2014). Todos nós temos que considerar as necessidades e características individuais de cada aluno na construção do conhecimento.
O grande problema da Educação decorre do modelo da Ciência que prevalece num certo momento histórico e que influenciam as questões epistemológicas e as teorias de aprendizagem das quais derivam a mediação pedagógica e suas práticas correspondentes.
Acreditamos na existência de um diálogo entre a Ciência, as teorias de aprendizagem e as atividades pedagógicas desenvolvidas, pois toda formulação teórica traz consigo um paradigma do qual decorre todo um sistema de valores que influencia não somente o processo de construção do conhecimento, mas também a maneira de ser, de fazer, de viver e conviver.
O Novo Paradigma da Ciência, além de reintegrar o sujeito como construtor do conhecimento, valoriza também a importância do processo ao reconhecer que pensamento e conhecimento estão sempre em movimento. Traz também a percepção de um mundo complexo, a visão de contexto, uma visão mais ampla e abrangente, destacando a compreensão ecossistêmica da vida que enfatiza as relações do todo com as partes. É uma visão ecológica que reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos e o perfeito entrosamento dos indivíduos e das sociedades nos processos cíclicos da natureza. Este modelo enfatiza a consciência do estado de inter-relação e de interdependência essencial a todos os fenômenos: físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais. E, desta forma, também os educacionais, que transcendem fronteiras disciplinares e conceituais.
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