Pichação - por Maria Estela Ximenes

Pichação - por Maria Estela Ximenes

PICHAÇÃO

 

Irritado com as constantes pichações nos muros das casas, o homem, resolveu efetuar a limpeza das fachadas. Durante o dia, trabalhava como contador, à noite, vestia   um macacão surrado, enchia  um balde com água e  saia esfregando as pichações que encontrava.

Enquanto   limpava,  questionava a má ideia de rabiscar fachadas,  muros e monumentos das cidades com frases incoerentes, deixando o visual com aspecto negligente, desconsideração  as características  estéticas  e paisagísticas do local.

Frases como, “ É nóis de novo, 100% animal, zoeira, quem é vivo 100pre aparece” servem para empobrecer o rico vocabulário brasileiro.

Após esfregar inúmeros muros, ele sentou na calçada para descansar. Iria vigiar quem teria a audácia de pichar o muro na sua presença!   

Mas acabou adormecendo e quando acordou, não acreditou. Estava pichado da cabeça aos pés! De súbito, pegou um espelho que estava ao seu lado e leu a mensagem escrita em  sua testa, “VALEU TIO! NÓIS VOLTA!”

 

 

 

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