Poeta esquecido!
O mau e o bem do poeta
Está na essência de sentir!
Ele sente tantas coisas
Ora chora ora sorri!
E eu diria tantas coisas,
Mas não direi,
Coisas, não merecem ser ditas!
Coisas são coisas!
Coisas são tocadas,
Vistas, sentidas!
Que culpem-me pelas palavras
Que não disse,
Pelas coisas que não fiz!
Mas que não me culpem
Pelos sentimentos sentidos,
Pelos amores vividos,
Pelos tempos perdidos!
Que culpem-me pelo poeta
Que não – sou!
Pelas palavras que pronunciei
Que culpem pelos meus escritos
Que culpem por tudo... aflitos!
Que sintam como eu sinto
Que beijem como eu beijo
Que chorem de desgosto
Que morram de desejo!
Que façam rimas
Poemas sem sina!
Que façam palavras
Que libertem, nas madrugadas!
Que amam como esse poeta
Que já não sabe...
Nem como, nem o porquê!
Já não sabe usar as palavras certas...
Já não sabe escolher...
Que culpem-me pelas escolhas,
Pelos sonhos não sonhados,
Pelos sentimentos desprezados,
E que sofram por amor!
Que abracem mesmo sentindo dor,
Que vivam sem rancor!
Que trilhem os caminhos
Ora limpos ora espinhos,...
Mas que sejam verdadeiros
E que amem por inteiro!
Que brinquem nas praças
Que chorem feito crianças
Que libertem os sentimentos
Que voltem à infância!
Que vivem...
Comigo...
Sem mim!
Que se alegrem
Ou que chorem
Ao lembrar de mim!