Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Rui Leitão nasceu em Patos-PB. Sua vida profissional foi, em sua maior parte, dedicada a atividades no Banco do Estado da Paraiba. Exerceu várias funções na administração pública, algumas delas ligadas à cultura: secretário executivo da Comissão Organizadora dos Eventos Comemorativos do IV Centenário da Paraiba, diretor executivo do IPHAEP – Instrituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Estado da Paraíba, Superintendente da Rádio Tabajara, Superintendente do Jornal e Editora A União.
Publicou três livros. “1968 – O GRITO DE UMA GERAÇÃO”, editado pela UEPB, “A ESSÊNCIA DA SABEDORIA POPULAR – Crônicas”, pela União, e “CANÇÕES QUE FALAM POR NÓS”, TAMBÉM PELA União.
“Sou um cronista do cotidiano. No entanto, trago no sangue um DNA de pesquisador, meu pai, Deusdedit Leitão, era um historiador. Todos os trabalhos até então publicados contêm informações colhidas em pesquisas realizadas.”
Boa Leitura!
Escritor Rui Leitão é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever o seu livro “Canções que falam por nós”?
Rui Leitão - O prazer é meu também. Considero esse projeto da maior importância para a produção cultural no campo da literatura, oferecendo oportunidade de divulgação das obras dos que incursionam nas atividades da escrita. Em relação à motivação para escrever esse livro, posso dizer que começou logo depois de publicado “1968 – O GRITO DE UMA GERAÇÃO”. Assino uma coluna diária no portal WSCOM e resolvi escrever crônicas inspiradas nas letras de protesto lançadas à época da ditadura militar. Era um esforço de procurar interpretar a mensagem que o compositor desejava passar ao escrevê-las. Alguns leitores passaram a me desafiar, solicitando que fizesse o mesmo com relação a outros estilos de músicas da MPB. Disso resultaram mais de trezentas crônicas, das quais selecionei duzentas e cinqüenta para inclui-las no livro.
Que critérios foram utilizados para seleção das 250 letras homenageadas, através de crônicas, no livro?
Rui Leitão - O critério foi de contemplar as canções que melhor expressassem o sentimento do canto popular brasileiro, em toda a sua versatilidade, tanto no lamento quanto na comemoração, seja na nostalgia quanto na intensidade da vivência de prazeres, seja na declaração de amor quanto na angústia de uma decepção, seja na denúncia política quanto na exortação às lutas ditadas por idealismo. Enfim, “ CANÇÕES QUE FALAM POR NÓS”.
De que forma estão sendo apresentadas as letras, temos algum critério, ou cada uma tem um estilo diferenciado?
Rui Leitão - Começo por citar autores, intérpretes e ano de lançamento de cada uma. Resultado de pesquisas, na medida do possível, tento identificar as razões que levaram o compositor a escrever a canção, motivações sentimentais ou contexto histórico e sociológico. A partir de então, vou buscando entender, estrofe por estrofe, na minha visão pessoal (que pode não ser exatamente a do autor), o que a música quer falar.
O que mais o encanta nesta obra?
Rui Leitão - A riqueza da música popular brasileira, especialmente no que toca à construção das suas letras. No livro, o foco é exatamente esse, explorar a genialidade dos nossos compositores na produção de mensagens poéticas musicadas, que se imortalizaram.
Tem alguma letra de algum compositor que você destaca no livro? Por que?
Rui Leitão - Prefiro não destacar, porque todas, no meu entender, são importantes e de grande valor musical. Mas, abusando do meu espírito de paraibanidade, posso citar a canção “Pra Não Dizer Que Não Falei em Flores”, do conterrâneo Geraldo Vandré, que se tornou um hino revolucionário, cantada em toda e qualquer manifestação cívica popular.
Onde podemos comprar o seu livro?
Rui Leitão - Em João Pessoa: Livraria do Luis, na Galeria Augusto dos Anjos, Centro; O Sebo Cultural, Av. Tabajaras, Centro e Buarque-se Café, em Intermares. Pode ser também adquirido diretamente com o autor, através de contato pelo telefone 083 987625644 (wahtasap) ou pelo email: iurleitao@hotmail.
Quais os seus principais objetivos como escritor?
Rui Leitão - Sou um cronista do cotidiano. No entanto, trago no sangue um DNA de pesquisador, meu pai, Deusdedit Leitão, era um historiador. Todos os trabalhos até então publicados contêm informações colhidas em pesquisas realizadas.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor Canções que falam por nós do autor Rui Leitão. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Rui Leitão - A mensagem que deixo é a de que devemos cada vez mais estimular a prática da leitura, pois através dela conseguimos extrair o significado da escrita, exercitando um eficaz processo de interação que nos enriquece culturalmente e nos fortalece enquanto cidadãos, ganhando consciência da importância de participação numa sociedade democrática.
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