Sócrates e os céticos
Pela mesma razão que nós registramos Anaxágoras, poucas palavras são requeridas para Sócrates e os céticos. Os eleáticos tinham questionado o objetivo da realidade no mundo fenomenal ao nível da incerteza do conhecimento dos sentidos; mas se os objetos dos sentidos negam a realidade, porque, como dizem os céticos, eles deveriam conferir os sujeitos da razão? Conhecimento é apenas relativo. Nossas percepções são diferentes em diferentes tempos e em diferentes estados. Como vamos saber se a verdade está além do limite da mente humana? O homem, diz Protágoras, é a medida de todas as coisas: o que ele percebe, é, mas a sua existência é apenas subjetiva – ela existe apenas para ele. A aplicação universal desse princípio acaba num ceticismo universal. À luz desse ceticismo, conhecimento é um sonho, religião é superstição, poder é certo e as leis, são as regulações convencionaisde governos e estados. Sócrates ocupou-se com ética unicamente. Ele tentou encontrar na razão, um certo fundamento para a moral. Os céticos dizem: “O que eu percebo como verdadeiro, é verdadeiro apenas para mim; meu conhecimento não é meramente subjetivo, mas é individual e, além do mais, empírico.” “Isso”, Sócrates teria dito, “pode ser se você é um indivíduo, mas não se você é uma partícula da razão universal. O conhecimento humano não é meramente relativo e empírico, porque a medida de todas as coisas não é um indivíduo, mas o homem universal. Moralidade tem uma base na razão universal. É alguma coisa eterna, imutável, absoluta.”
Consistentemente com esses estudos puramente éticos, Sócrate sofejou Deus como um ser que perguntou as necessidades morais do coração. Da sua juventude, ele sentiu-se tomado pela “mente pura e imutável.” Seu Deus foi a “mente” de Anaxágoras; masSócrates não o colocou como simples fazedor do mundo. Ele também preserva o mundo. Ele é o Deus da providência como é o Deus da criação. Ele toma conta de tudo. Nada está fora do seu cuidado – nada é, também, sem significado para ele ser indiferente àquilo. Ele é, finalmente, o autor e o rei do mundo.
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Sócrates e os céticos
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