SONETO DA LUA
Na noite cálida das quimeras
vejo-a calma no remanso,
que anuncia o manto do ocaso
a lua simples em seu descanso.
De luz tênue e roubada
no firmamento aparece inerte,
do sol emana a luz tirada
que por toda a terra ela verte.
Sem vida própria, não obstante
a vida dá, e onde os amantes
no azul cenário veneram.
Extasiados no céu olham
e sem pudor, calmos e
despossuídos se entregam.
Livro Sentidos Registro no EDA 705124 ISBN 978-85-8469-041-1